quarta-feira, dezembro 28, 2011

  Um trecho da Bíblia tem praticamente me “perseguido” esses dias. O apóstolo Paulo disse que “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

  Tal descrição para mim é a mais profunda do que podemos realmente chamar de amor. E se engana quem pensa que ele só acontece entre um homem e uma mulher que se desejam. O amor pode nascer, por exemplo, com uma amizade. É o que eu considero ter de ti nesse momento, um passo de cada vez. “Tudo a seu tempo”, estranhamente essa frase não me causa mais náuseas como antigamente.
  
  Esse é um daqueles momentos em que eu choro. Sim, eu choro e redijo mais um texto inútil no qual apenas servirá para extravasar minhas emoções mais contidas. O que é estranho dessa vez é que choro de alegria, uma felicidade radiante por Deus ter me dado a dádiva de ter tido você em minha vida.
  
  Essa vida que já era tão amarga pra mim... Sei que Ele o colocou nela pra mostrar-me como eu havia me esquecido das pessoas, como eu havia me esquecido das coisas simples, como eu havia me esquecido do que significa o amor!
  
  Meu desejo é que Ele também tenha feito isso por mais algum motivo.
  
  Conversando com uma amiga chegamos a uma conclusão batida: só quem realmente vive a situação pode saber como é. Ela só pode ser sentida, ela não pode ser descrita...
  
  Por tal motivo minhas dúzias de palavras aqui soarão como apenas simples fatos, desejos, ou sonhos para quem as lê. Nunca como a expressão verídica dos sentimentos!
  
  Não mentirei, tenho um medo que cresce aqui como um monstro. É o medo do que será amanhã, medo que esse mundo perfeito desmorone...
  
  Mas o que seria da vida se o mundo não nos pregasse essas surpresas? Se o mundo não desmentisse nossas verdades absolutas? O mundo é divertido.
  
  Ah, ele! Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisa. Ele não faz muito por minha angústia existencial, até por não saber dela. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: deixar-me leve. Sabe rir mole de bobeira? Sabe dançar idiota de alegria? Sabe dormir gemendo de saudade? Sabe tomar banho sorrindo para sua pele? Sabe cantar bem alto para o mundo entender? Sabe se achar bonita mesmo de pijama e olheiras? Sabe não aguentar?
  
  Ele consegue fazer com que eu me perdoe por apenas viver sem questionar tanto. São essas coisas bobas a que eu me referia. Ele me ensinou que a vida pode ser simples sim e é ÚNICO por isso.




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