segunda-feira, agosto 15, 2011



 Já perdi as contas de quantas vezes vi essas fotos, de quantas vezes ouvi aquela música que me leva de volta à aquela noite, quantas vezes lembrei-me daquele dia que não passa de um quinzena, mas parece ter passado uma eternidade. Tudo porque você não está mais aqui, eu errei tanto, me apeguei tanto, esperei tanto. Mas foi tudo tão inevitável, você se tornou inexplicavelmente inevitável para mim.
 Nunca havia tomado atitudes drásticas como as que tomei só para me sentir um pouco menos mal ao errar em plena madrugada, quando me embriago a fim de me sentir melhor mas acabo sentindo-me mais sozinha. Quando me esqueço que somos apenas amigos agora...
 E será que somos? E se eu não quiser isso? E se eu não quiser mais te ver? Sei que não vai ter jeito, aquele prédio é pequeno, mesmo sendo grande, essa cidade é muito pequena, mesmo sendo imensa. E o que eu sinto, sinto em dizer amigo, também é incalculavelmente gigante nesse momento.
 Hipérboles da minha vida, malditas! Quando insistem em aparecer, não suporto e desabo. Desabo sem ver, sem perceber que os que estão a minha volta percebem. É tudo tão demais que eu sinto medo, muito medo.
 Você não pode ouvir-me, nem vai ler-me e, a partir de agora, nem vai perceber-me... mais.

2 comentários: